O Sistema Militar34 no Islam Com os Combatentes Mostra a Justiça do Islam e sua Aversão à Injustiça:
A guerra no Islam não é uma tendência no coração dos muçulmanos e isso é mostrado pelo seu destaque em muitas das ciências e técnicas, como a matemática, medicina, astronomia, cálculo do tempo, navios, arquitetura, decoração e outras artes. Mas eles não prestaram muita atenção para as máquinas de guerra e de transporte para desenvolvê-las. Isso foi um erro, sem dúvida, porque embora eles estivessem portando sentimentos humanitários amigáveis que não os motivava ter preocupação com as máquinas de guerra, mas tinham de levar em consideração que possuíam inimigos, na cabeça dos quais residia o sentimento maléfico, cujo objetivo era espalhar a corrupção na terra. Por isso, consta no Alcorão o significado de terrorismo, nas palavras de Deus: "Mobilizai todo poder que dispuserdes, em armas e cavalaria, para intimidardes, com isso, o inimigo de Allah e vosso..." (Alcorão Sagrado, 8:60)
Era melhor fortificar-se com armas poderosas que interpretam o significado de terrorismo no Alcorão, no sentido de intimidar os outros de agressão ao justo e pacífico. É um terrorismo sem intenção de agressão contra os pacíficos e inocentes, o gostar de matar por matar, de se aprazer em ver as dores dos enfermos, ouvir os gemidos dos feridos, mutilar os corpos dos mortos, vingar-se com tortura dos prisioneiros. Salah ad-Din (Saladino) o vitorioso tratava bem os prisioneiros, visitava-os e lhes dava de beber, e chorava por causa das anomalias que aconteciam inintencionamente. A guerra para os muçulmanos não é mania que lhes fornecia deleite pela desgraça e dor dos outros, mas é uma guerra para repelir a injustiça e disseminar a justiça e a segurança da comunidade. Certamente, a essência nas relações com os outros povos no Islam é o pacifismo e apaziguamento. O Islam estabelece e ordena a guerra - após ter esgotado todos os meios de convocar para a paz - em cinco casos que são:
- Autodefesa pessoal, da família e do país, de acordo com as palavras de Deus: "Combatei, pela causa de Allah, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Allah não estima os agressores." (Alcorão Sagrado, 2:190)
- No caso de remover a injustiça sobre os injustiçados e ajudar os oprimidos, e é isso que faz a guerra no Islam humanitária, de acordo com as palavras de Deus: "E o que vos impede de combater pela causa de Allah e dos indefesos, homens, mulheres e crianças, que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade (Makka), cujos habitantes são opressores. Designa-nos, da Tua parte, um protetor e um socorredor!" (Alcorão Sagrado, 4:75)
- No caso de quebra de promessas e violação dos pactos e convenções. Deus diz: "Porém, se depois de haverem feito o tratado convosco, perjurarem e difamarem a vossa religião, combatei os chefes incrédulos, pois são perjuros; talvez se refreiem. Acaso, não combateríeis as pessoas que violassem os seus juramentos, e se propusessem a expulsar o Mensageiro, e fossem os primeiros a vos provocar? Porventura os temeis? Sabei que Allah é mais digno de ser temido, se sois crentes." (Alcorão Sagrado, 9:12-13)
- No caso de disciplinar o grupo transgressor, que abandona a comunidade muçulmana, que recusa a justiça e a conciliação. Deus diz: "E quando dois grupos de crentes combaterem entre si, reconciliai-os, então. E se um grupo provocar outro, combatei o provocador, até que se cumpram os desígnios de Allah. Se, porém, se cumprirem (os desígnios), então, reconciliai-os equitativamente e sede equânimes, porque Allah aprecia os equânimes." (Alcorão Sagrado, 49:9)
- Quanto às guerras expansionistas coloniais para estender a influência, explorar os recursos dos povos ou guerras de retaliação que resultam em ruínas e destruição, ou guerras de exibição, orgulho e ostentação, o Islam proibiu, porque a guerra no Islam é pela causa de Deus e a fim de elevar a Sua palavra e não por caprichos e ambições pessoais mundanos. Deus diz: "E não sejais como aqueles que saíram das suas casas, por petulância e ostentação" (Alcorão Sagrado, 8:47)