As Regras da Guerra no Islam:

Embora o Islam permita a luta por necessidade, ela possui regras e éticas no Islam. O Profeta (Deus o abençoe e lhe dê paz) disse: "Lutem em nome de Deus e pela Sua causa, lutem contra quem negar a Deus. Lutem, mas não sejam exagerados, nem camuflem os despojos, não traiam, violando os pactos, nem mutilem os mortos, não matem recém-nascidos."
(Compilado por Musslim)

Abu Bakr Assidiq (que Allah esteja satisfeito com ele) o primeiro califa do Mensageiro de Deus ( y) dizia aos seus comandantes, quando os enviava para a guerra: “Tenham em mente os meus dez conselhos: "Não traiam, não exagerem, não ajam por traição, não mutilem, não matem crianças, nem idoso, nem mulher, não cortem nem queimem tamareiras, não cortem árvores frutíferas, não matem ovelhas e vacas, nem camelo, a não ser para comerem. Vocês vão passar por pessoas que se dedicam ao isolamento em seus conventos, deixei-os com o que eles fazem."

Os Prisioneiros de Guerra no Islam:

É proibido torturá-los, humilhá-los ou aterrorizá-los, nem os mutilar, nem os fazer passar fome e sede até a morte, devido as palavras de Deus: "E porque, por amor a Ele (Allah), alimentam o necessitado, o órfão e o cativo, (dizendo): Certamente vos alimentamos por amor a Allah; não vos exigimos recompensa, nem gratidão."
(Alcorão Sagrado, 76:8-9)


Deve-se honrá-los, ter simpatia por eles e compaixão deles. Eis o Abu Aziz Ibn ‘Umiar, irmão de Muss’ab Ibn ‘Umair que disse: "Eu estava entre os prisioneiros no dia de Badr. O Mensageiro de Deus ( y) disse: “Cuidem bem dos prisioneiros.” Eu era prisioneiro de um grupo de Ansar. Quando eles se serviam de tâmaras para almoçar e jantar, me davam de comer trigo e comiam as tâmaras, em cumprimento à recomendação do Mensageiro de Deus ( y)." Narrado por Tabarani em seu “Grande Dicionário”, O Hayçami disse: "Sua corrente é correta” em "Majma Azzawaid. O Albani considerou-o inconsistente, “Dha’if Ajjámi” número 832).
O Mensageiro de Deus ( y) incentivou libertá-los, dizendo: "Libertai o cativo, alimentai o faminto e visitai o enfermo.” (Compilado pelo Bukhari)

A Situação dos Vencidos:

Não se pode violar suas honras, usurpar seu dinheiro, nem afrontar a sua dignidade e humilhá-los, não se deve destruir suas casas, não se deve aplicar represálias e vinganças contra eles, mas conciliação, ordem para a prática do bem e proibição da prática do mal, estabelecimento da justiça, devido às palavras de Deus: "São aqueles que, quando os estabelecemos na terra, observam a oração, pagam o zakat, recomendam o bem e proíbem o ilícito. E em Allah repousa o destino de todos os assuntos."
(Alcorão Sagrado, 22:41)

Eles têm a liberdade de praticar suas crenças sem estreitamento que leve a influenciar nas suas práticas religiosas, não se deve destruir suas igrejas, nem quebrar suas cruzes.

A melhor prova desse convênio, que Ômar Ibn Khattab (que Deus esteja satisfeito com ele) concedeu ao povo de Jerusalém, quando entrou nela como conquistador: “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso. Isto é o que o servo de Deus, Ômar Ibn al-Khattab, concedeu ao povo de Jerusalém a segurança: Ele deu-lhes segurança para si mesmo, para os seus bens, suas igrejas e suas cruzes. Não serão perseguidos por causa de sua religião nem nenhum deles será prejudicado.” Será que a história tem testemunhado tal nobreza, justiça e tolerância por parte do vitorioso em relação aos derrotados? Apesar de Ômar (que Allah esteja satisfeito com ele) ter a capacidade de ditar-lhes as condições que quisesse, mas era a justiça e a aplicação da lei de Deus em tudo.
(Alcorão Sagrado, 2:217)

Eles têm a liberdade de comer e beber o que a sua religião lhes permite de alimentos e bebidas. Seus porcos não podiam ser mortos nem seus vinhos derramados, e no que diz respeito às questões civis, como as questões de casamento, divórcio, transações financeiras, eles tinham a liberdade de disposição na aplicação do que eles acreditavam e acatavam.

Entre os convênios que Ômar, o segundo califa (que Allah esteja satisfeito com ele), apesar de ser conquistador vitorioso, vemos o que foi citado pelo Tabari: "...Isto é o que o servo de Deus, Ômar, concedeu de garantias ao povo de Eliat, deu-lhes segurnaça para si mesmos, para os seus bens, para suas igrejas e suas cruzes, enfermos ou sãos e todas as suas crenças. Suas igrejas não podem ser ocupadas, nem demolidas, nem reduzidas, nem tomado algo de seus espaços nem algo de seus bens, não podem ser perseguidos por causa de sua religião nem ninguém deles pode ser prejudicado.”